O contrato futuro do ouro fechou em alta nesta quinta-feira, apoiado pela queda do dólar frente moedas rivais. No terceiro trimestre, dados apontam uma queda pela demanda do ouro, mas analistas esperam que ela se fortaleça em breve.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro com entrega prevista para dezembro encerrou a sessão com ganho de 0,21% a US$ 1.802,60 a onça-troy.

O ativo do ouro avançou com a queda do dólar, uma vez que o investimento na commodity fica mais barato para detentores de outras moedas. A divisa americana recuou com dado fraco de imóveis nos EUA, enquanto o euro subiu com a manutenção da política monetária acomodatícia pelo Banco Central Europeu (BCE).

Em relatório, o Commerzbank informa que o Conselho Mundial de Ouro (WGC, na sigla em inglês) revelou que a demanda geral por ouro caiu 7% no terceiro trimestre, na comparação anual.

O analista Daniel Briesemann, do banco alemão, atribuiu o resultado à fraca demanda pelos Fundos Negociados na Bolsa (ETFs) do ouro. No ano passado, o mesmo período contou com forte demanda pelo metal precioso por ser considerado um porto-seguro em meio à pandemia do coronavírus, diz o analista.

Para o TD Securities, ainda que o ouro esteja operando “drasticamente” inferior à queda acentuada nas taxas reais, o metal está “segurando firme” enquanto mercado precifica duas elevações da taxa básica de juros americana pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) até o fim de 2022.

Na análise do banco, a busca por proteger a economia da inflação deve continuar a trazer interesse no ouro, enquanto as taxas reais “afundam”. “As razões para possuir o metal amarelo estão se tornando mais atraentes, já que a precificação do Fed deve diminuir nos próximos meses, à medida que um entrave fiscal dos EUA começa pesar sobre os dados de crescimento.”