O contrato mais líquido do ouro acompanhou a cautela global nesta segunda-feira, 15, e fechou em baixa. Operadores renovaram suas preocupações com o desempenho da economia mundial após uma série de dados piores do que o esperado na China, corte de juros pelo banco central do país e atividade industrial também aquém da expectativa nos Estados Unidos.

O ouro para dezembro registrou queda de 0,96%, a US$ 1.798,10 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

A busca por segurança predominou nos mercados internacionais nesta sessão, o que favoreceu o dólar ante rivais. O fortalecimento da divisa americana eleva o preço das commodities para detentores de outras moedas, além do dólar competir com o ouro como porto seguro dos investidores.

A cautela se deu na esteira de dados considerados fracos na China: a produção industrial desacelerou as vendas no varejo vieram aquém da previsão, assim com o investimento em ativos fixos no país. A taxa de desemprego caiu e as vendas de moradias também pioraram no país asiático.

Como mostra reportagem especial do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), analistas reforçaram preocupações com a economia chinesa e ao menos parte deles vê o corte de juros em 10 pontos-base pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) como insuficiente para reverter a desaceleração.

Nos EUA, foi o índice de atividade industrial que trouxe surpresa negativa. A expectativa do mercado era de queda a 5,0 em agosto, mas leitura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York mostrou tombo a -31,3.

Ainda, os operadores do metal precioso se mantêm atentos às conversas sobre o pico de inflação nos EUA, afirma o TD Securities. Apesar de expectativas no mercado, o banco de investimentos prevê que um pivô dovish do Fed segue improvável.