O contrato mais líquido do ouro fechou em queda nesta quarta-feira, 6. O ativo foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante rivais, diante das preocupações sobre risco de recessão nas maiores economias do mundo.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou a sessão em baixa de 1,56%, a US$ 1.736,50 a onça-troy.

Ainda que não espere uma recessão nos Estados Unidos, o Julius Baer afirma que aumentaram as chances de venda generalizada de ativos por investidores. O banco nota que a divisa americana, que caminha de maneira historicamente oposta ao ouro, opera nas máximas em 20 anos, o que pressiona as negociações do ouro e da prata.

Assumindo que o Federal Reserve (Fed) atuará contra a inflação com sucesso sem colocar a economia americana em recessão, o Julius Baer diz esperar que a demanda pelo dólar, considerado porto seguro, diminua gradualmente e leve seu preço para baixo. Outra possibilidade, porém, é que o dólar domine e provoque maior deterioração no sentimento do mercado, levando investidores do ouro a venderem suas posições. “Embora os preços possam voltar aos níveis pré-pandêmicos em torno de US$ 1.500 por onça, isso estaria em desacordo com o cenário econômico de hoje e provavelmente abriria uma oportunidade de compra”, afirma o líder de pesquisa Carsten Menke.