O ouro fechou próximo à estabilidade nesta sexta-feira, 24, com leve ganho que fez a commodity retornar ao patamar de US$ 1,83 no mercado futuro. À medida que bancos centrais, especialmente o Federal Reserve (Fed), consolidam os próximos passos do aperto monetário, investidores aguardam por novas leituras de inflação que podem alterar a rota das entidades.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para agosto avançou 0,03%, a US$ 1.830,30 por onça-troy. Na semana, o metal acumulou baixa de 0,56%.

De acordo com a Oanda, os preços do ouro se mantém firmes à medida que as expectativas de investidores sobre a inflação global amenizam, diante do aperto monetário de BCs. “O ouro permanece preso em uma faixa enquanto o mercado aguarda para ver se os últimos relatórios de inflação forçarão o Fed a se comprometer com aumentos mais fortes dos juros além da reunião de julho” do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), diz o analista Edward Moya.

Hoje, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, ressaltou sua postura hawkish e amenizou riscos de recessão nos EUA. Segundo ele, o Fed ampliou seu balanço de ativos além do apropriado.

Ao mesmo tempo em que a ação dos BCs limita o ímpeto do ouro, o metal tem suporte firme acima de US$ 1,8 mil por conta dos temores com uma eventual recessão global, diz Moya. Assim como o dólar e os juros dos Treasuries, a commodity é tida como uma reserva de valor e adequada para períodos de recuos em ativos atrelados ao apetite por risco, como ações.