O ouro fechou em leve alta nesta terça-feira, 22, com os rendimentos dos Treasuries perdendo força. Além disso, o mercado continua monitorando as tensões geopolíticas na Ucrânia. Hoje, a Europa anunciou sanções à Rússia.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para abril caiu 0,40%, a US$ 1.907,4 por onça-troy.

Desde segunda, 21, o clima azedou nos mercados depois de o presidente russo, Vladimir Putin, autorizar o envio de tropas para as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia. Em resposta, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, informou hoje as primeiras sanções que seu país vai impor à Rússia. Além disso, o alto representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, informou que os países do bloco concordaram de forma “unânime” em implementar um pacote de sanções. Já o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou que decidiu suspender a certificação do gasoduto Nord Stream 2, que liga o país à Rússia.

Para o Commerzbank, o ouro permanece como um porto seguro em meio a toda essa turbulência na Ucrânia. Além disso, “está lucrando com a queda nos mercados de ações e a queda considerável nos rendimentos dos títulos – ambos indicadores de alta aversão ao risco”, destaca o banco, que credita que, se a crise na Ucrânia se agravar ainda mais, o ouro permanecerá em alta.

Por outro lado, de acordo com o TD Securities, os preços do ouro lutaram para se firmar nos US$ 1,9 mil hoje, apesar da escalada significativa na crise na Ucrânia. Para o banco de investimentos, “o peso esmagador de um Fed hawkish acabará por esgotar o apetite por metais preciosos. E, sem um comportamento de compra sustentado, é improvável que os preços do ouro permaneçam em tendência de alta”, destaca em relatório enviado a clientes.