A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira, 21, a Operação Carta Marcada para desarticular suposto esquema de direcionamento de licitações e desvio de recursos federais em contratos para locação de veículos firmados pela prefeitura de Palmas, capital do Tocantins. Os investigadores estimam prejuízo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.

Os policiais federais cumprem oito mandados de prisão temporária e 27 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares expedidas pela 4ª Vara Federal do Tocantins, nos Estados do Tocantins, Pará, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal. Entre os alvos estão empresários e cinco ex-secretários da gestão de Carlos Amastha (PSB).

De acordo com o inquérito, um grupo composto por agentes políticos, funcionários públicos e empresários agiria em conluio para fraudar processos licitatórios, montar contratos superfaturados e desviar cifras destinadas à contratação de veículos para atender secretarias municipais.

Durante as investigações, policiais federais e auditores da Controladoria Geral da União afirmam ter encontrado indícios de montagem de procedimentos, transações financeiras suspeitas e inconsistências quanto a capacidade operacional para cumprimento dos contratos pelas empresas escolhidas.

Com as ações de hoje, a Polícia Federal informou que busca obter novas provas, coibir a continuidade das supostas ações criminosas, delimitar a conduta dos investigados, além de identificar e recuperar ativos frutos dos desvios.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

Defesas

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Palmas e com o ex-prefeito Carlos Amastha e aguarda respostas. O espaço está aberto para as manifestações.