Com a alta do dólar e o barril de petróleo do tipo Brent, referência para os derivados no Brasil, ultrapassando os US$ 80, as operações de importação de combustíveis está inviabilizada, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Nas contas da associação, a defasagem média na gasolina é de 8% e no óleo diesel de 7%.

O último reajuste do diesel foi há 73 dias, informa a Abicom, em outubro, e a gasolina foi reajustada há 23 dias, em dezembro. De lá para cá, tanto o dólar como o petróleo dispararam.

Crises no Cazaquistão e na Líbia ameaçam reduzir a oferta global da commodity, sustentando a alta do preço da commodity, que operava cotada a US$ 81,48 para os contratos do Brent para março. Já o câmbio chegou a atingir máximas acima de R$ 5,72 no mercado à vista e de R$ 5,75 no futuro nesta quinta-feira.

“Com a alta no câmbio e nos preços da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional, o preço médio da gasolina e do óleo diesel no Brasil operam com diferenciais negativos em todos os portos analisados”, informou a Abicom.

Para viabilizar as importações, a entidade estima que a Petrobras e a Acelem deveriam aumentar a gasolina em, R$ 0,22 e o diesel em R$ 0,29.