Produtores brasileiros de cítricos estão preocupados com os efeitos da paralisação das atividades escolares e da redução do horário de funcionamento de restaurantes, feiras e varejões, no consumo de cítricos, destaca o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Segundo os colaboradores consultados pelo Cepea, a demanda ainda é positiva, devido ao abastecimento da população, mas alguns agentes já identificam lentidão no mercado.

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Para o Cepea, no mercado de laranja, “uma possível retração da demanda pode não impactar significativamente os preços neste mês e no início de abril, tendo em vista que a colheita das precoces de 2020/21 deve se intensificar somente na segunda quinzena do próximo mês”.

Por outro lado, para a laranja tahiti, com boa oferta no Estado de São Paulo, “as menores demandas interna e externa podem pressionar as cotações ainda neste mês”. Segundo o Cepea, os preços das laranjas estão firmes nesta semana. A explicação é a constante redução na oferta em São Paulo, “resultado da finalização da safra 2019/20”.

De segunda a quinta-feira, a laranja pera foi comercializada na média de R$ 35,41 por caixa de 40,8 kg, na árvore, estável (-0,1%) frente à da semana anterior.

A oferta da laranja lima ácida tahiti está alta, porém os colaboradores do Cepea afirmam que os preços foram sustentados pelo resultado positivo das vendas da variedade da fruta nos últimos dias.

Na parcial desta semana, a média da tahiti é de R$ 10,93 por caixa de 27 kg, colhida, alta de 3,9% em relação à passada.