Está em trâmite no Câmara dos Deputados, em Brasília, um projeto de lei para reconhecer a Marcha de Resistência do cavalo crioulo como uma manifestação da cultura nacional. A proposta se apoia na carga histórica trazida pela modalidade, a prova funcional mais antiga praticada no País desde 1971 pelos criadores da raça crioulo. A marcha possui um percurso de 750 quilômetros para avaliar a rusticidade, a resistência e a capacidade de recuperação, típicas do cavalo crioulo.

Estreia milionária

Referência em genética de cavalos quarto de milha para provas de vaquejada em Alagoas, o criador Cícero Andrade, do rancho Vale Rico, de Maceió, fez sua estreia na comercialização de animais em leilões, no mês passado. Com a venda de 45 lotes, o pregão movimentou R$ 4,4 milhões. O animal mais valorizado foi a fêmea Snil Eternally AD, comprada por R$ 288 mil pela criadora Roberta Moura Maia Franco, do haras S2, de Aracaju.

Sangue de campeão

Os criadores de cavalo árabe passaram por uma prova de fogo na Bredeer’s Cup 2016, realizada de 16 a 18 de setembro, em Araçoiaba da Serra (SP), uma das principais competições da raça, na qual são avaliadas a morfologia e o andamento dos animais.  Organizada pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe, o evento contou com 50 animais. O grande campeão foi Dominus Arabco, do criador Sylvio Barbosa Neto, do haras Rancho Arabco, em Nova Lima (MG). O melhor criador foi Jaime Pinheiro, do haras Vila dos Pinheiros, em Indaiatuba (SP).

Negócios de peso

Encerrada no início do mês passado em Esteio (RS), a Expointer, uma das mais importantes feiras agrícolas do País, rendeu bons negócios aos criadores de cavalo da raça crioulo. De acordo com as leiloeiras, o faturamento de oito remates da raça foi de R$ 8,8 milhões. Assim, por mais um ano, os criadores de equinos foram os responsáveis pela maior fatia da receita com a venda de animais, equivalente 74,6% de toda movimentação do setor. O total de negócios fechados na Expointer, incluindo bovinos, ovinos e pequenos animais, foi de R$ 11,8 milhões.

Cânter
Mesmo sem subir ao pódio nos Jogos Olímpicos do Rio, a equipe brasileira de hipismo não ficou sem medalhas. Isso porque elas vieram com os Jogos Paralímpicos, encerrados no mês passado. Para Luiz Roberto Giugni, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH),  o saldo geral foi positivo, com resultados superiores ao dos Jogos de Londres, em 2012.

Quais os pontos positivos

da Rio 2016?
Terminamos no top dez em todas as modalidades. O resultado foi histórico no Concurso Completo de Equitação, com o sétimo lugar por equipes e com dois atletas na final individual. No Salto, fechamos em quinto lugar e com dois atletas na final individual.

E nos jogos Paralímpicos?
Depois de oito anos, conquistamos novamente duas medalhas de bronze com o Sérgio Oliva, um cavaleiro que a CBH apostou e incentivou. Além disso, pela primeira vez terminamos a competição entre os dez melhores.

Quais são as metas da CBH?
Vamos continuar investindo na capacitação técnica dos nossos conjuntos, pois é o caminho para o desenvolvimento do esporte.

Agora, a CBH se volta para quais torneios?
Minha gestão como presidente termina neste ano, mas a CBH já possui um plano para o próximo ciclo. Temos a Copa das Nações e os concursos internacionais, além dos Jogos Equestres Mundiais em 2018.