Em 2019, os pecuaristas e técnicos do agronegócio brasileiro elegeram a baixa fertilidade do solo como o maior problema para o desenvolvimento da atividade no País. Realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o levantamento ouviu 712 participantes entre julho e agosto. Do total, 42% indicaram esse desafio.

Também foram cotados como principais obstáculos o elevado custo de implantação ou substituição do pasto, a dificuldade de manejo, a elevada redução da produção dos pastos na seca e os baixos níveis de fósforo no solo.

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As respostas vieram de todas as regiões do Brasil e essa diversidade deve nortear as pesquisas da Embrapa. Na área de biomas, a Amazônia, por exemplo, apresentou a baixa tolerância ou resistência às cigarrinhas e a elevada infestação das pastagens por invasoras como problemas relevantes, apontados por 34% dos respondentes.

Nos outros biomas, as invasoras preocupam no máximo 20% dos consultados no Cerrado e 19% no Pampa.

O levantamento também mostra as técnicas mais utilizadas nas pastagens formadas por pastejo rotacionado (62%), análise de solo (60%) e correção de solo com calcário (57%).

Já as técnicas mais usadas na formação de pastagens foram o preparo do solo (aração e gradagem, por exemplo), citado por 73% dos respondentes; análise de solo (66%) e correção de solo (63%).

De acordo com a presidente da área de Porftólio de Pastagens da Embrapa, Patrícia Menezes Santos, apesar de a instituição já desenvolver tecnologias que podem ajudar a solucionar parte dos problemas apontados, como a baixa fertilidade do solo, o tema será foco da agenda de pesquisa nos próximos anos.