Por enquanto, não há relatos ou casos de que pessoas foram contaminadas pelo coronavírus por se alimentarem de pescados. Por isso, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do por meio do Instituto de Pesca, montou um guia de perguntas e respostas para informar os amantes deste tipo de alimento.

São classificados como pescados os peixes, crustáceos, moluscos, anfíbios, répteis, equinodermos e outros animais aquáticos usados na alimentação humana. Confira os esclarecimentos da Secretaria:

1. Posso pegar coronavírus ingerindo pescado?

Até este momento não há casos que mostrem evidências de que alimentos ou suas embalagens estejam associados à transmissão de Covid-19. Portanto, não há razão para se preocupar.

Experiências prévias com surtos de outros coronavírus, como a síndrome respiratória aguda (Sars-CoV) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers-CoV), mostram que a transmissão por meio do consumo de alimentos não ocorreu. No momento, não há evidências que sugiram que o Covid-19 seja diferente a este respeito.

2. O coronavírus está em produtos de pescado?

Não há evidências de que o coronavírus possa se espalhar por qualquer produto alimentar. Deve-se destacar que o modo de infecção é principalmente respiratório, assim, a chance de contágio do Covid-19 por meio de alimentos é quase nula.

3. Comer pescado iniciou a epidemia de coronavírus?

Não. A origem provável do vírus é a disseminação (viva) de animal para pessoa. Muitos alimentos estavam presentes no mercado de animais vivos, que se acredita estarem no epicentro do primeiro surto, mas não é sugerido que a ingestão de produtos desse mercado tenha causado a disseminação.

4. Posso obter coronavírus tocando em embalagens de pescado refrigerados ou congelados?

Normalmente os coronavírus são transmitidos de pessoa para pessoa, por meio de gotículas respiratórias. Atualmente, não há evidências para apoiar a transmissão do Covid-19 associada aos alimentos. Mas é importante sempre lavar as mãos com água e sabão por 20 segundos, antes de preparar ou comer alimentos, para segurança geral dos alimentos. Além disto, durante o dia, lave as mãos depois de assoar o nariz, tossir, espirrar ou utilizar o banheiro.

5. Se um consumidor infectado pegar um pacote de pescado e colocá-lo de volta, a próxima pessoa a tocá-lo poderá se contaminar com coronavírus?

Devido à baixa capacidade de sobrevivência desses coronavírus nas superfícies, é provável que haja um risco muito baixo de propagação em alimentos ou embalagens transportados e armazenados para comercialização, por um período de dias ou semanas em temperatura ambiente, refrigerada ou congelada. Entretanto, pode ser possível que uma pessoa se contamine com Covid-19 tocando em uma superfície ou objeto contaminado com o vírus e em seguida, tocando sua própria boca, seu nariz ou seus olhos. Porém, este não é o principal meio de contaminação e disseminação do vírus.

6. Cozinhar os alimentos mata o coronavírus?

Os coronavírus precisam de um hospedeiro (animal ou humano) para crescer e não podem crescer em alimentos. Espera-se que o cozimento completo mate o vírus, e sabe-se que o tratamento térmico de pelo menos 30 minutos a 60oC é eficaz com Sars.

7. Algumas espécies ou tipos de pescado são mais arriscados que outros?

Nenhum produto alimentar, incluindo o pescado, é considerado um risco de propagação do coronavírus. Cozinhar o pescado é uma opção de segurança adicional.

8. Devo evitar pescado da China?

A probabilidade de uma pessoa infectada contaminar mercadorias comerciais é baixa e o risco de pegar o vírus que causa o Covid-19, em um pacote que foi transportado e exposto a diferentes condições e temperaturas, também é baixo. Em geral, devido à baixa capacidade de sobrevivência desses coronavírus nas superfícies, é provável que haja um risco muito baixo de propagação em alimentos ou embalagens transportados por um período de dias ou semanas em temperatura ambiente, refrigerada ou congelada. Nos EUA não houve nenhum caso de Covid-19 associado a mercadorias importadas.