As medidas tomadas pelas empresas de petróleo e gás da América Latina para proteger liquidez foram “apenas parcialmente bem sucedidas”, de acordo com análise da agência de classificação de risco Moody’s. Segundo Nymia Almeida, Senior Vice President na Moody’s, a Petrobras parece ter um cenário mais favorável, principalmente com os US$ 8 bilhões em linhas de crédito compromissado que vencem em 2023 e 2024, e o plano da estatal brasileira de cortar despesas em cerca de US$ 3 bilhões neste ano.

A Moody’s ressalta que mais da metade das empresas de petróleo da região são controladas pelos governos de seus países, o que diminui o risco de calote aos credores.

Segundo Almeida, a mexicana Pemex deve precisar captar mais recursos no exterior até 2021, enquanto os fluxos de caixa da chilena ENAP e da argentina YPF deverão sofrer com as quedas no preço e na demanda.

“Os preços do petróleo e a demanda por combustíveis baixos terão menos efeito nas métricas de crédito da Ecopetrol devido ao forte fluxo de caixa de seus negócios, mas a empresa cortou seus planos de investimentos em 2020 para US$ 3,3 bilhões a US$ 4,3 bilhões, ante US$ 4,5 bilhões a US$ 5,5 bilhões originalmente, juntamente com outras despesas”, explica a Moody’s.