Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, 24, estendendo os ganhos da sessão anterior. A commodity foi sustentada em parte pelo câmbio, mas sobretudo com o ajuste para cima após perdas recentes, embora a variante delta da covid-19 e seus riscos à demanda sigam no radar.

O petróleo WTI para outubro fechou com ganho de 2,89% (US$ 1,90), em US$ 67,54 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 3,35% (US$ 2,30), a US$ 71,05 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O Deutsche Bank destacou em relatório a clientes que na segunda-feira o petróleo exibiu o maior ganho desde novembro, “após semanas de pressões sobre as commodities”. Os contratos vinham de sete baixas consecutivas, e o movimento de recuperação se estendeu nesta terça.

O banco alemão destaca que uma parte importante disso ocorre pois autoridades da China têm tido sucesso em controlar a variante delta da covid-19. O banco acredita que o impacto da variante delta sobre a demanda por petróleo deve ser limitado, apontando que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) pode desacelerar o passo em sua alta gradual na produção.

Nos Estados Unidos, o número de casos e mortes pelo vírus na última semana avançou, segundo autoridades. O país continua a buscar avançar na imunização, diante dos riscos com a variante delta, sobretudo em áreas com menor cobertura vacinal.

Nesta terça, o câmbio também ajudou o petróleo. Com o dólar mais fraco, os contratos ficam mais baratos para os detentores de outras divisas, o que tende a apoiar a demanda.