Os contratos futuros mais líquidos de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 25, com os preços da commodity energética ganhando fôlego diante da perspectiva por mais estímulos fiscais nos Estados Unidos. Além disso, o recente corte da produção anunciado pelo Iraque, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), elevou a confiança de que a entidade vai manter os estoques de petróleo sob controle enquanto a demanda não se recupera de forma robusta diante das restrições ao redor do mundo para conter a covid-19. O avanço da pandemia e a força do dólar ante rivais gerou volatilidade, mas não impediu que os preços da commodity subissem ao fim do pregão de hoje.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para março subiu 0,96% (US$ 0,50), a US$ 52,77. O Brent para março, por sua vez, avançou 0,85% (US$ 0,47), a US$ 55,88 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Em um tuíte publicado na tarde desta segunda-feira, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, informou que o presidente americano, Joe Biden, vai assinar um decreto ainda hoje para “apoiar industriais, negócios e trabalhadores” do país afetados pela crise da covid-19. A decisão se soma às expectativas pelo pacote de estímulo fiscal que está sendo negociado entre governo e Congresso. A provável confirmação pelo Senado da escolha de Janet Yellen ao Tesouro americano dá mais impulso ao otimismo de investidores por mais apoio fiscal.

Segundo o economista da Duff & Phelps, David Grumhaus, a postura “disciplinada” da Opep favorece os contratos futuros de petróleo. Segundo ele, os membros do órgão conseguiram passar uma mensagem ao mercado de que a produção continuará sob rígido controle, após o Iraque anunciar um novo corte de produção. Ele espera que a commodity perca fôlego durante o primeiro semestre de 2021, o que deve se reverter na segunda metade do ano por conta de estímulos fiscais e do provável avanço dos programas de imunização contra a covid-19.

A leitura é parecida com o que considera a Capital Economics, que também projeta uma leve recuperação do petróleo até o fim deste ano, após acumular perdas em 2020. Para a consultoria, 2021 terá duas metades distintas, e a recuperação da commodity na segunda parte do ano deve elevar o Brent para um patamar pouco acima de US$ 60 o barril. (COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES)