Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, com a divulgação de dados positivos dos índice de preços de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de Estados Unidos e China. No entanto, ao longo do dia, os ganhos foram reduzidos, pressionados pela alta do dólar.

O contrato do WTI para outubro fechou em alta de 0,35%, a US$ 42,76 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro subiu 0,66%, a US$ 45,58 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O IHS Markit e a Caixin Media informaram que o PMI industrial da China subiu de 52,8 em julho para 53,1 em agosto, o que representa o melhor resultado mensal do indicador desde janeiro de 2011.

Nos EUA, o mesmo dado subiu de 50,9 para 53,3 no intervalo e, após a divulgação, o petróleo chegou a registrar altas acima dos 1,50%.

No entanto, ao longo do dia, o dólar registrou importantes ganhos, em especial após as declarações de Lael Brainard, diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Brainard disse que as condições gerais da economia americana “são favoráveis”, o que ajudou a moeda americana atingiu alta frente ao euro. A alta no ativo pressiona o preço do commodities como o petróleo.

O Commerzbank avaliou que a commodity está cotada com pressões em diferentes sentidos. Em agosto, o petróleo registrou o quinto mês seguido de alta, mas nas últimas semanas vem sofrendo quedas. O banco aponta o aumento nos casos de coronavírus nos Estados Unidos e na Índia, primeiro e terceiro maiores consumidores mundiais respectivamente, como um fator que atrapalha a “recuperação da demanda”.

Outro fator que influenciou na queda do preço foi a retomada de parte da produção nos Estados Unidos, que havia sido afetada pelo furacão Laura no Golfo do México na última semana.