Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda, 18, em uma continuidade na alta recente da commodity, que vem avançando por conta de preocupações com a oferta e chegando perto das maiores cotações em três semanas. Somado à guerra da Ucrânia, que persiste e oferece poucos sinais de uma resolução rápida, o conflito na Líbia ganhou novos contornos que ameaçam as exportações de petróleo do país. Um campo de extração foi invadido durante o final de semana, o que impede a produção, além de aumentar os temores de que a guerra civil local afete mais atividades.

O petróleo WTI para junho fechou em alta de 1,17% (US$ 1,23), a US$ 107,61 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho subiu 1,30% (US$ 1,46), a US$ 113,16 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A companhia estatal da Líbia, Nacional Oil, afirmou no domingo que foi forçada a paralisar um campo de petróleo, em meio a um impasse político que ameaça o país do norte da África. Segundo a empresa, um grupo de pessoas entrou no campo de al-Feel, no sul, no sábado, na prática parando a produção. Líderes tribais anunciaram no sábado o fechamento do campo e exigiram a retirada de Mustafa Sanallah, presidente da estatal. Também pediram o que descreveram como uma distribuição justa da receita com o petróleo entre as três principais regiões da Líbia e que o primeiro-ministro Abdul Hamid Dbeibah entregue o poder ao nome indicado pelo Parlamento, seu rival Fathi Bashagha, também apontado como premiê no país.

Robbie Fraser, da Schneider Electric, avalia que a falta de oferta de longo prazo está reduzindo os estoques e fornecendo uma base de alta para o mercado. “As condições foram reforçadas ainda mais por desafios de curto prazo, com uma interrupção no maior campo de petróleo da Líbia servindo como o exemplo mais recente”, diz ele. “Em meio a grandes protestos, o campo de Sharara foi fechado pelo menos temporariamente, com autoridades do governo alertando que todas as exportações da Líbia agora estão ameaçadas”.

No conflito na Ucrânia, o Kremlin acusou nesta segunda-feira Kiev de mudar constantemente a sua postura quando se trata de questões que já foram acordadas nas negociações de paz. “Muitas vezes está mudando de posição e a tendência do processo de negociação deixa muito a desejar”, afirmou, de acordo com a Reuters. (*COM INFORMAÇÕES DOW JONES NEWSWIRES)