Os contratos futuros mais líquidos de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 2, impulsionados pela queda dos estoques da commodity nos Estados Unidos e pela perspectiva de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidam pela extensão dos cortes na produção em 2021.

O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 1,64% (US$ 0,73), a US$ 45,28 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para fevereiro avançou 1,75% (US$ 0,83) na Intercontinental Exchange (ICE), cotado a US$ 48,25 o barril.

Os investidores reagiram aos dados de estoque do petróleo americano divulgados hoje pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA, que registraram recuo acima da expectativa de analistas. Um relato que circulou nos mercados que aponta para o avanço das negociações pela extensão de cortes na produção da Opep+ também alimentou o apetite de investidores pelos ativos do petróleo.

Além disso, a perspectiva de recuperação da economia global por meio da distribuição de uma vacina contra o novo coronavírus foi reforçada hoje. O Reino Unido e a Rússia divulgaram planos para começar a imunização das suas populações já na semana que vem, enquanto a Pfizer e BioNTech esperam pela aprovação do uso emergencial de sua vacina pelos órgãos reguladores dos EUA e da União Europeia, após as empresas obterem o aval da agência reguladora do governo britânico.

Segundo avaliação do banco de investimentos TD Securities, os ativos de commodities do setor de energia, como é o caso do petróleo, permanecerão dependentes da distribuição de uma vacina. Segundo a empresa, os contratos devem eventualmente se distanciar das decisões da Opep+ quanto à gestão de suprimento de petróleo, já que a produção nos EUA continua “fraca”.