O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, com investidores pesando as perspectivas para a demanda global da commodity, além da reunião ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que acontece na semana que vem e pode marcar um relaxamento nos cortes da produção do grupo.

O barril do petróleo WTI com entrega prevista para agosto avançou 0,30% (+US$ 0,22) na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 73,30, enquanto na Intercontinental Exchange (ICE), o do Brent para o mesmo mês teve ganho de 0,49% (+US$ 0,37), a US$ 75,56.

Segundo o Commerzbank, a queda nos estoques de petróleo dos EUA, segundo divulgado na quarta pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês), se dá “em primeiro lugar, por uma maior demanda” pela commodity energética. O resultado, ainda que tenha vindo sem surpresas, ajudou o petróleo a manter a trajetória de alta, apesar da expectativa de aumento da produção da Opep+ a partir de agosto.

O mercado aguarda atento a decisão do cartel que, diante da alta nos contratos, pode relaxar em parte os cortes na produção adotados nos primeiros meses da pandemia de covid-19 e, consequentemente, elevar a oferta global.

“Embora a Opep+ possa teoricamente decidir por um aumento de quase 3 milhões de barris por dia (bpd) em agosto e o mercado provavelmente poderia absorver esses volumes sem destruir a integridade dos preços, prevemos um avanço mais conservador da produção, de 500 mil bpd”, projeta a Rystad Energy, em relatório enviado a clientes.

Também no radar de investidores, a possível retomada do acordo nuclear com o Irã e economias desenvolvidas ainda depende da resolução de “sérias diferenças” entre Teerã e os EUA, segundo afirmou um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA nesta quinta-feira à Reuters.