Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira, 14, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) voltar a piorar a previsão para a queda da demanda global pela commodity este ano. Os impactos do furacão Sally na produção na costa do Golfo do México, contudo, ajudou a limitar as perdas.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo com entrega prevista para outubro encerrou em queda de 0,19%, a US$ 37,26. Já o do Brent para novembro recuou 0,55%, a US$ 39,61 , na Intercontinental Exchange (ICE).

Em relatório mensal, a Opep estimou que o consumo de petróleo cairá 9,5 milhões de barris por dia (bpd) este ano, 400 mil bpd a mais do que o previsto no mês passado. Para 2021, a expectativa agora é de expansão de 6,6 milhões de bpd, cerca de 400 mil abaixo da avaliação do documento de agosto, para uma média de 96,9 milhões de bpd.

Os números alimentam as expectativas para a reunião da Opep+, que inclui integrantes do cartel e aliados. No encontro virtual, marcado para a próxima quinta-feira, o grupo deve discutir possíveis novos cortes na produção, para equilibrar o cenário de consumo deprimido, pro conta do coronavírus.

“Depois de meses renunciando voluntariamente de receitas adicionais, os problemas estão ficando cada vez mais visíveis, em meio às dificuldades econômicas e financeiras dos países e ao cenário incerto para a demanda”, avalia o Commerzbank.

Nos próximos dias, investidores seguem acompanhando também a passagem do furacão Sally pelo Sul dos Estados Unidos. Segundo dados do Departamento de Interior americano, o fenômeno já provocou a paralisação de 21% da produção de petróleo na região.