Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sexta-feira, 11, diante do risco de que o avanço da segunda onda da pandemia do novo coronavírus em diversas regiões do mundo pressione a demanda pela commodity energética. A cautela dos investidores prevaleceu ante a perspectiva de que uma vacina contra a covid-19 possa ser liberada em breve pelo Food and Drug Administration (FDA, na sigla em inglês), a agência reguladora americana.

O petróleo WTI para janeiro fechou em queda de 0,45% (US$ 0,21), em US$ 46,57 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro recuou 0,56% (US$ 0,28), a US$ 49,97 o barril, sem conseguir se segurar no patamar dos US$ 50 o barril, ao qual retornou essa semana pela primeira vez desde março.

Na comparação semanal, porém, houve avanço nos dois contratos, com o WTI crescendo 0,67%, e o Brent com alta de 1,46%.

Entre os países mais atingidos pela segunda onda de coronavírus, a situação que mais preocupa o mercado é a dos Estados Unidos, que na quinta-feira registrou recorde de óbitos diários pela doença. Neste sexta, em Nova York, o governador Andrew Cuomo ordenou a suspensão do serviço interno em restaurantes na cidade de NY. Enquanto isso, na Europa, o Reino Unido foi na contramão das restrições e decidiu encurtar o período obrigatório de isolamento a quem teve contato com infectados pelo novo coronavírus.

Investidores ainda monitoram o imbróglio das negociações por um pacote de estímulos fiscais nos EUA. Nesta sexta, o senador e líder republicano na Casa, Mitch McConnell, defendeu que seu partido e os democratas façam concessões para chegar logo a um acordo.

O mercado fecha essa semana também de olho na reunião do Comitê Ministerial de Monitoramento Conjunto (JMMC, na sigla em inglês) da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que foi antecipada para o dia 16, quarta-feira.

Para a Capital Economics, o evento não deve trazer grandes anúncios do grupo. A consultoria espera também que o aumento da produção da Opep+ nos próximos meses deve ser menor do que o anunciado, o que poderia dar suporte aos preços da commodity a curto prazo.