Os contratos futuros de petróleo registraram baixas nesta segunda-feira, com investidores atentos à possibilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decida relaxar seu corte na oferta, diante da retomada gradual das atividades em vários países. Além disso, a disseminação da covid-19 e seus riscos para a economia continuaram a ser monitorados.

O petróleo WTI para agosto fechou em queda de 1,11% (US$ 0,45), a US$ 40,10 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro caiu 1,20% (US$ 0,52), a US$ 42,72 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A agência Dow Jones Newswires informou, a partir de fontes, que a Opep+ pretende relaxar as restrições às exportações de seus membros de 9,7 milhões de barris por dia (bpd) para 7,7 milhões de bpd. O secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo, afirmou que o mercado estaria próximo de chegar a um equilíbrio.

Ainda entre as notícias do setor, a Reuters afirmou que as exportações da Arábia Saudita devem ficar em agosto no mesmo nível das de julho, segundo fontes locais. Além disso, o avanço da pandemia continuou a ser monitorado, já que isso pode representar riscos para a demanda mais adiante.

Sobre as companhias de petróleo e gás, a Moody’s afirma que as da América Latina reduziram o gasto de capital ou as despesas operacionais, como medida para proteger parcialmente a liquidez, citando particularmente os casos de Petrobras, Ecopetrol e Pemex.

A agência comenta em relatório, porém, que o choque de preço e demanda fará com que algumas das empresas do setor na região continuem com risco de liquidez elevado, citando como exemplos a Pemex, a YPF e a Enap.