A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, antecipou um possível banho de água fria para quem espera com otimismo a divulgação do Plano Safra 2020/2021. Ela revelou que o montante do recurso destinado à subvenção do crédito agrícola deverá se manter na faixa dos R$ 10 bilhões, o mesmo do plano anterior.

Tereza Cristina destacou que o valor será mantido mesmo com o bom desempenho do agronegócio brasileiro no primeiro trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade econômica do setor expandiu 0,6% em relação ao trimestre anterior.

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Em live comandada pelo ex-ministro Roberto Rodrigues, promovida pelo Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro), ontem (3), a ministra afirmou que “o Agro é o que carrega o Brasil”. Na sequência, antecipou que os pedidos por mais recursos não deverão ser atendidos. “O orçamento está escasso”, explicou.

Para Renato Conchon,  coordenador de Assuntos Econômicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o alento que o setor precisa poderia vir da redução das taxas de juros. Condições para fazê-lo, segundo o especialista, o País tem.

“Tivemos redução de juros, aumento dos gastos públicos e redução do compulsório bancário. Acreditamos e defendemos junto ao Ministério da Agricultura que existe um espaço para taxa significativa de juros”, afirmou Conchon, sem informar nenhuma taxa sugerida pela Confederação.

Durante a live, Tereza Cristina acenou com a possibilidade de um corte linear de 25%. No entanto, sem bater o martelo.

O Plano Safra deve ser divulgado no próximo dia 15 de junho. Até lá, o suspense continua.