São Paulo, 30 – O plantio da safra de soja 2020/21 subiu 6 pontos porcentuais na semana passada, alcançando 87% da área estimada para o Brasil na quinta-feira, 26, em comparação com 81% uma semana antes e com os mesmos 87% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural divulgado nesta segunda-feira, 30.

Conforme a consultoria, o retorno das chuvas beneficiou as lavouras do Rio Grande do Sul, que vinham sendo afetadas drasticamente pelo clima seco. As altas temperaturas, contudo, voltaram a predominar nas outras regiões do País, ameaçando novamente o cultivo em Mato Grosso e no Paraná, por exemplo.

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“A preocupação com esse período mais seco (algo pouco usual nesta época do ano) só não é maior porque, como o plantio foi feito com atraso, a maior parte das lavouras ainda está em período vegetativo ou no início da fase reprodutiva, quando o impacto do clima desfavorável sobre o potencial produtivo é menor do que na formação de vagens e enchimento de grãos”, disse a Agrural.

Por enquanto, a estimativa para a safra continua apontando para 132,2 milhões de toneladas na safra, com uma área de 38,3 milhões de hectares. A Agrural disse, ainda, que apesar dos problemas decorrentes da falta de chuvas, não é recomendado realizar cortes na produtividade durante a fase vegetativa da safra.

Milho

O plantio da primeira safra de milho da temporada 2020/21, o milho verão, atingiu 94% da área estimada para o Centro-Sul do Brasil na quinta-feira passada, ante 91% uma semana antes e no mesmo período do ano passado, estima a AgRural.

A consultoria prevê que o Estado do Rio Grande do Sul tenha um novo corte nas perspectivas de produtividade porque, apesar do retorno das chuvas ao Estado, as perdas já foram consolidadas.

Em novembro, a Agrural estimou uma safra de 20,7 milhões de toneladas no Centro-Sul brasileiro, contra 21,9 milhões em outubro e 19,7 milhões de toneladas na temporada 2019/20. O corte decorre da redução das expectativas nos três Estados do Sul.