São Paulo, 13 – O plantio de algodão da safra 2021/22 atingiu 35% da área prevista até quinta-feira da semana passada (6), informou a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em relatório mensal de safra realizado em conjunto com as associações estaduais. A associação destacou que a semeadura ultrapassou um terço da área projetada, apesar do excesso de chuvas nas regiões produtoras. A implantação das lavouras da fibra está ocorrendo em oito Estados: Bahia (83%), Goiás (72%), Maranhão (44%), Minas Gerais (70%), Mato Grosso do Sul (75%), Mato Grosso (18%), Piauí (81%) e São Paulo (83%). No Paraná, o plantio foi concluído.

A associação manteve sua previsão de cultivo de 1,547 milhão de hectares com algodão na safra 2021/22, alta de 13,5% em relação à temporada anterior. “Apesar da recuperação, a área deverá ser inferior à semeada na temporada 19/20, pré-pandemia”, afirmou a Abrapa. A estimativa para a produção nacional permaneceu em 2,71 milhões de toneladas, volume 16,5%% superior ao colhido na temporada 2020/21. A Abrapa também informou que 61% da safra 21/22 já foram comercializados pelo produtor.

+ Área plantada de algodão da safra 2021/22 atinge 40% do total na Bahia, diz Abapa

Safra 2020/21

Em relação à temporada passada, a Abrapa afirmou que 99% da safra havia sido beneficiada até o dia 6. “Com o beneficiamento da pluma praticamente encerrado no Brasil, o algodão tem sido direcionado do produtor ao mercado comprador”, disse a Abrapa. Um total de 93% foi analisado pelo método High Volume Instrument (HVI) que avalia as características intrínsecas da fibra. A Abrapa estima também que 95% da safra, de 2,33 milhões de toneladas, já foi vendida pelos produtores. “Restam, ainda, 50% da projeção de exportação e 58% do consumo doméstico para serem atendidos até julho de 2022”, informou a associação.

Segundo a Abrapa, nos cinco primeiros meses de comercialização da safra 2020/21, de agosto a dezembro do ano passado, foram exportadas 831,1 mil toneladas de algodão. O volume é 31,4% menor que o registrado em igual período de 2020. A retração deve-se à menor produção e ao atraso na colheita da safra 20/21.

A receita com vendas totalizou US$ 1,452 bilhão no acumulado da safra. A China foi o principal destino das vendas externas da pluma, respondendo por 36% dos embarques brasileiros no período ou 300 mil toneladas. “Apesar do recuo no volume total, nove países aumentaram as importações brasileiras, com destaque para Itália (+3,3 mil toneladas), Filipinas (+900 toneladas) e Japão (+500 toneladas)”, disse a entidade.