Os transportadores de carga da Argentina iniciaram na quarta-feira, 22, uma greve por tempo indeterminado e bloquearam algumas rodovias do país. A mobilização cobre resposta das autoridades à escassez de diesel e pede um aumento nas tarifas de frete.

A greve é liderada por dois dos sindicatos do setor, em meio à escassez internacional desse e de outros combustíveis e seu aumento de preços devido à guerra na Rússia e na Ucrânia.

Longas filas de caminhões estavam estacionadas ao lado e até bloqueando rodovias nas províncias de Buenos Aires, Neuquén, Rio Negro, La Pampa, Santa Fé, Córdoba, Tucumán, Chaco, Corrientes, Misiones e Formosa.

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Anteriormente, um grupo de transportadores havia interrompido o tráfego de veículos em uma das principais rodovias de acesso à capital argentina, mas finalmente liberou a passagem por ordem do Ministério da Segurança.

A demanda por diesel aumentou nos últimos meses na Argentina, na esteira do aumento da atividade em setores como transporte e mineração em um contexto de recuperação econômica.

No entanto, não é lucrativo para as petrolíferas importar diesel porque não podem vendê-lo ao preço de compra, uma vez o governo impede que todo o seu valor seja repassado ao mercado no atual contexto inflacionário.

Na Argentina, o transporte de cargas é praticamente monopolizado por caminhões. Embora o governo tenha convocado os grevistas para uma reunião na tarde de quarta-feira, as negociações não prosperaram.