Nelore

Um novo líder

O jovem pecuarista Felipe Picciani, de apenas 28 anos, é o novo líder da raça nelore no País. Ele assume a presidência da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) e fala sobre seus planos à frente da entidade

Quais são os principais desafios à frente da ACNB?

Já participo da diretoria há quatro anos e tenho acompanhado todas as ações. Em um primeiro momento, não devemos ter grandes mudanças. A ideia é continuar e ampliar as ações que já vinham sendo feitas com bastante sucesso.

Quais seriam essas ações?

Hoje trabalhamos com três grandes planos de ação: o ranking nelore, o circuito boi verde e a universidade da carne. São programas de sucesso que contribuem para o desenvolvimento da raça.

A pecuária vem sofrendo uma grande pressão ambiental. Quais os planos para mudar isso?

Nossa ideia é buscar cada vez mais ações que mostrem toda a viabilidade econômica e ambiental da pecuária. Hoje o circuito boi verde já trabalha bem questões de manejos e procedimentos junto aos criadores. Em breve, a nova diretoria irá se reunir para traçarmos juntos as estratégias nesse sentido.

Haverá um trabalho em relação ao mercado?

Claro. Iremos atuar junto aos frigoríficos em relação a preços e condições. Além de discutir junto ao governo políticas que melhorem a nossa atividade. Temos o dever de defender os interesses dos criadores de nelore. Estou honrado de presidir a associação que representa a principal raça do País.

Café

Colombiano, pero no mucho

Quem visitar a Colômbia atrás do famoso café da marca Juan Valdez pode estar na verdade provando um legítimo café brasileiro. Para preservar suas exportações, os colombianos compraram do Brasil cerca de cinco mil sacas de café arábica. A razão para a inusitada importação está na quebra da safra, que reduziu a produção daquele país. Há também um forte viés econômico, já que a Colômbia paga em média US$ 1,21 por libra-preso no café brasileiro e o revende a US$ 2,08.

Confinamento

Marfrig com tempero argentino

Para aumentar suas operações na Argentina, o Marfrig aposta nos confinamentos. E o primeiro será inaugurado no segundo semestre. Localizado na província de Córdoba, a unidade terá capacidade para engordar 22 mil cabeças. A empresa já acertou a compra de 53 mil cabeças de gado, por US$ 14,7 milhões. A meta é passar de 10% para 20% a proporção do gado confinado no abate total.

Bolsa

Friboi de castigo

A CVM puniu o frigorífico JBS Friboi, do empresário Joesley Batista. A punição se deve ao fato de a empresa ter antecipado sua intenção de realizar oferta primária de ações. Dessa forma, o frigorífico teve de adiar por 12 dias a publicação do aviso do lançamento da oferta, além de divulgar informações adicionais e complementares.

Literatura

Riquezas das fazendas

Uma viagem por algumas das propriedades rurais mais importantes do País. Essa é proposta do livro Engenhos, Fazendas e Estâncias do Brasil, da Empresa das Artes. A obra reúne uma coletânea de imagens captadas pelo fotógrafo Fabio Knoll e textos editados por Fabio Ávila. Revela de forma singela todo o charme dessas propriedades que tiveram papel fundamental nos ciclos econômicos do Brasil.

Investigação

Operação Sadia

A Sadia está na mira da Polícia Federal. A empresa é investigada em relação a supostas fraudes cambiais, entre elas a retirada de dólares do País de maneira disfarçada, antes de sua fusão com a Perdigão, que resultou na Brasil Foods. O processo, em segredo de Justiça, levanta a suspeita de que a companhia tenha usado uma operação bancária chamada de ACC, sem comprovar as exportações – o que a empresa nega.

Circuito Boi Verde

Em busca do nelore perfeito

No dia 12 de abril será dada a largada para o Circuito Boi Verde. O evento, promovido pela Associação dos Criadores de Nelores do Brasil (ACNB), já avaliou mais de 68 mil animais, com abates técnicos e análises de carcaças.