São Paulo, 16 – O potencial do País como potência agroambiental foi destacado em painel realizado na quarta-feira, 15, no Espaço Brasil na Conferência das Partes para Mudança do Clima (COP 23), em Bonn, na Alemanha. Participantes do painel organizado pela Centro de Estudo em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas disseram que o Brasil tem tudo para ser reconhecido pela capacidade de conciliar a produção agropecuária com a preservação do meio ambiente, “contribuindo não apenas para baixa emissão de carbono, mas também para uma agricultura carbono negativo”. Conforme o ministério, um exemplo apresentado foi o da adoção da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) em 11,5 milhões de hectares, ultrapassando a meta estipulada pelo governo federal em 2009 para aumentar em 4 milhões a área com o sistema produtivo até 2020.

“A Embrapa tem feito um esforço extremamente relevante e é uma das instituições responsáveis pelo sucesso da agropecuária brasileira”, destacou o embaixador e presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), Roberto Jaguaribe, em nota distribuída por sua assessoria.

Conforme a pasta, a rede ILPF está divulgando na COP 23 a tecnologia de integração lavoura-pecuária-floresta e buscando junto a fundos internacionais apoio financeiro para a implantação do projeto “Programa de Segurança Alimentar e Nutricional, Valorização do Campo e Tecnificação da Agricultura Tropical: ILPF, a alternativa para a agricultura do amanhã”. A proposta, elaborada pela Rede ILPF, prevê ações para os próximos dez anos e busca captar 1 bilhão de dólares com instituições internacionais.

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, em sessão plenária nesta quinta-feira (16), também lembrou o programa ABC. “Os empresários do setor agropecuário, que é o mais dinâmico na nossa economia, em termos de geração de empregos e exportações, estão apoiando nossas ações sob o Acordo de Paris, porque entendem que seus negócios dependem do sucesso que tenhamos no enfrentamento da mudança do clima em termos globais.”