Após disparar na sessão da segunda-feira, 1º de fevereiro, o contrato futuro de prata realizou lucros e terminou a sessão desta terça-feira, 2, em tombo de mais de 10%, diante do arrefecimento de movimentos especulativos que vinham impulsionando o metal precioso. A queda acabou carregando junto o ouro, que também cedeu, pressionado, ainda, pela força do dólar no exterior.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), a prata para março terminou o dia em queda de 10,25%, a US$ 26,40 por onça-troy, enquanto o ouro caiu 1,64%, a US$ 1.833,40 por onça-troy.

Ofensivas especulativas de investidores do varejo, que nos últimos dias embalaram ações como da GameStop e contratos de prata, assustando os chamados “tubarões de Wall Street”, perderam força na sessão de hoje e acabaram promovendo alguma “normalização das atividades”.

Diferentemente do caso do mercado acionário, o rali da prata já era visto por analistas como um movimento de vida curta, hipótese que acabou se concretizando hoje, porque o metal precioso tem menos contratos de venda a descoberto e mais de posições compradas, ao contrário das opções de ações.

Além disso, a especulação de prata tem mais limites ao envolver uma entrega física ao final do contrato. Ainda não se descarta, contudo, um novo movimento de alta do metal precioso, diante da imprevisibilidade de investidores do varejo.

Pelo lado cambial, a força do dólar no exterior – diante da fraqueza do euro após a contração de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro – também pressionou os contratos de ouro e prata, na medida em que torna commodities mais caras para detentores de outras divisas.