Os preços do suíno vivo e da carne continuam em queda no mercado interno, segundo pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Cepea/Esalq/USP). Em termos nominais, os valores voltaram ao patamar de fevereiro de 2019.

O indicador Preços da carcaça suína especial, do centro, apresentava queda de 21,29% no mês, a R$ 5,99 por quilo, no fechamento de quarta-feira (22).

Diante de restaurantes e outros serviços de alimentação fechados ou em atividade parcial, a indústria de carne enfrenta baixa liquidez. As empresa acumulam estoques e a demanda por novos lotes de animais para abate está cada vez menor.

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Segundo o Cepea, no mercado da carne suína além das inseguranças por conta da pandemia de coronavírus, a demanda pela proteína também é limitada pelo período de segunda quinzena, em que tradicionalmente parte da população diminui suas compras.

Em meio a este cenário, o volume de suínos que ficam nas granjas está em expansão contínua e tem causado pressão sobre os valores negociados.