São Paulo, 12 – A expectativa de uma reação dos preços da carne suína e do animal vivo em julho, período em que no geral o consumo cresce por causa das temperaturas mais baixas, não se confirmou. “Pelo contrário, os preços do animal vivo e da carne no atacado seguem em queda na maior parte das praças acompanhadas e o ritmo de negócios é lento”, diz o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em análise sobre o mercado.

Entre os dias 3 e 10 de julho, os valores pagos pelo animal vivo recuaram. Em Belo Horizonte, o suíno posto no mercado independente foi cotado a R$ 3,21/kg na terça-feira (10), queda de 7,2% em relação à semana anterior. Na média paulista, “região SP-5”, que compreende os municípios de Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba, o preço do animal chegou a R$ 3,15/kg, baixa de 4,6% no período.

O Cepea destaca que, desde novembro do ano passado, quando a Rússia anunciou o embargo à importação da carne brasileira, até o último dia 10, o suíno vivo negociado na região de SP-5 se desvalorizou 22,7%.

No mercado paulista de cortes, o preço do lombo caiu 4,5% entre 3 e 10 de julho, a R$ 9,31/kg. Para a costela, o valor recuou 4,1%, a R$ 9,96/kg. A cotação da paleta caiu 2,2%, a R$ 6,16/kg.

“A menor liquidez no mercado de suínos tem elevado o peso dos animais, visto que estes acabam ficando por mais tempo na granja. Esse cenário também é um fator de pressão sobre os preços, pois o consumidor demanda animais mais leves”, acrescenta o Cepea. Apesar do desempenho negativo obtido até agora, o setor ainda espera por uma recuperação na demanda enquanto as temperaturas permanecem baixas.