São Paulo, 6 – A média do indicador composto de preços da Organização Internacional do Café (OIC) atingiu 194,78 centavos de dólar por libra-peso em março, disse a entidade, em relatório mensal. Na comparação com o mês anterior, houve queda de 7,6%, após 17 meses consecutivos de ganhos.

A exportação mundial de café alcançou 11,4 milhões de sacas de 60 kg em fevereiro, o que corresponde a um aumento de cerca de 1,8% em comparação com igual mês de 2021 (11,2 milhões de sacas). A exportação da commodity nos cinco primeiros meses da safra 2021/22 (outubro/21 a fevereiro/22) registrou queda de 0,8%, para 53,2 milhões de sacas, em comparação com 53,6 milhões de sacas em igual período de 2020/21.

Os embarques da América do Sul nos cinco primeiros meses da temporada 2021/22 caíram 14,5% na comparação anual, para 24,99 milhões de sacas, disse a OIC. As exportações do Brasil caíram 20,3%, para 16,98 milhões de sacas. Segundo a organização, a queda das exportações brasileiras se deve a gargalos logísticos e a uma safra reduzida de arábica.

Já as exportações da Ásia e Oceania aumentaram 21,6%, para 18,67 milhões de sacas. As exportações de México e América Central aumentaram 13,4%, para 4,58 milhões de sacas. Já as exportações da África diminuíram 0,79%, para 5,01 milhões de sacas.

Nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2022, a exportação de arábica totalizou 80,8 milhões de sacas, ante 82 milhões de sacas nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2021, queda de 1,5%. Já o embarque de robusta no período foi de 48,6 milhões de sacas, em comparação com 47,5 milhões de sacas nos 12 meses até fevereiro de 2021, representando aumento de 2,3%.

A estimativa de produção global na temporada 2021/22 é de 167,17 milhões de sacas de 60 kg. A projeção representa redução de 2,1% ante o ciclo anterior. Já a projeção de consumo mundial é de aumento de 3,3%, para 170,298 milhões de sacas. Com isso, a previsão é de déficit global de 3,128 milhões de sacas em 2021/22.