São Paulo, 16 – O mercado interno de trigo perde liquidez com a desvalorização do real e a retração da oferta doméstica e os preços sobem, diz o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP) em relatório antecipado ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Compradores encontram dificuldade para formar lotes nas praças produtoras. As importações, por outro lado seguem limitadas.

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“Entre 6 e 13 de março, os preços do cereal no mercado de balcão subiram 0,6% no Paraná e 0,62% no Rio Grande do Sul. No mercado de lotes, os aumentos foram de 2,1% no Paraná, de 0,6% em São Paulo, de 0,5% no Rio Grande do Sul e de 1,3% em Santa Catarina”, informou o centro de estudos.

No mesmo período, os preços se mantiveram estáveis na Argentina, onde o cereal era negociado a US$ 245 atonelada na sexta-feira.

Já em relação aos derivados, a alta dos preços das farinhas foi sustentada pelos do trigo e pela alta do câmbio, segundo o relatório.

Apesar de um leve aumento na procura por esses produtos, não são descartados reajustes nas cotações ao longo das próximas semanas por necessidade de reposição dos estoques de moinhos.