A inflação dos alimentos reduziu o volume de compras nos supermercados do País em agosto, mostram dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume de vendas do setor de hiper e supermercados recuou 0,9% na passagem de julho para agosto, feitos os ajustes sazonais.

O setor já havia recuado 0,5% em junho e registrado estabilidade em julho, sempre na comparação ao mês imediatamente anterior.

Agosto foi um mês de pressão de preços dos alimentos, que ficaram 1,63% mais caros nos domicílios, com destaque para produtos como batata-inglesa (19,91%), café moído (7,51%), frango em pedaços (4,47%), frutas (3,90%) e carnes (0,63%).

Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, o aumento de preços atrapalhou o volume de vendas.

“O cliente gasta menos em termos reais do que antes, quando você retira a inflação”, disse ele.

Apesar da baixa de agosto, as vendas de hiper e supermercados ainda crescem 1,6% na comparação a fevereiro do ano passado, o pré-pandemia.