O secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, divulgou nesta quinta-feira, 1º, os detalhes da primeira fase da vacinação contra a covid-19 prioritária para profissionais de educação. A medida é exclusiva para trabalhadores da educação básica (ensinos infantil, fundamental e médio) e com 47 anos ou mais, com início em 12 de abril.

Nessa fase, serão vacinados professores, merendeiras, auxiliares de serviços gerais (equipes de limpeza), secretários de escola, monitores, mediadores, diretores e vice-diretores, coordenadores pedagógicos e cuidadores. O Estado estima que 350 mil pessoas estejam nesse grupo, o que representa cerca de 40% do total de profissionais da educação. “A vacina é um processo muito importante. Nós temos a educação como uma prioridade no Estado de São Paulo”, destacou Rossieli.

Segundo o governo, 66,5% dos servidores da rede estadual que têm comorbidades estão na faixa etária prioritária. Nas demais etapas, o grupo prioritário será expandido. “É um público muito grande. E a gente vai fazendo por etapa, à medida que as vacinas vão sendo disponibilizadas, em decisão em conjunto com a Secretaria de Saúde e o governador. Esperamos que, em breve, tenhamos condições de iniciar outras etapas”, apontou o secretário.

Para agilizar a vacinação, o governo requer um cadastro no site do Vacina Já (vacinaja.sp.gov.br/educacao), no qual a pessoa deverá informar se é funcionária ou prestadora de serviço (terceirizada) e outras informações pessoais (como CPF e e-mail, por exemplo). No caso do setor privado, é obrigatório apresentar os dois últimos holerites, a fim de prevenir possíveis fraudes.

Após receber a validação por e-mail, a pessoa poderá se encaminhar ao posto de vacinação, com um documento com foto e o comprovante enviado pelo Vacina Já. Os horários e locais de imunização serão definidos pelos municípios. Para dúvidas, foram disponibilizados o telefone 0800 77 000 12 e o site atendimento.educacao.sp.gov.br.

A restrição de idade para a vacinação é contestada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), que entrou com uma ação na Justiça para que todos os docentes sejam vacinados no Estado. Como noticiou o Estadão, no pedido de liminar, o sindicato pede “isonomia” e diz que “não há qualquer justificativa que seja aceitável para que a vacinação dos professores não seja universalizada”.

Em resposta, Rossieli criticou a ação. “O processo que eles entraram pode prejudicar o processo de vacinação. O Estado está atento a isso. Nós entendemos que os profissionais da educação são prioridades necessárias.”

Antes dos trabalhadores da educação, na segunda-feira, 5, terá início a vacinação de profissionais da segurança pública, como policiais, bombeiros, guardas civis metropolitanos e agentes penitenciários. Para o público em geral, a imunização de idosos será expandida nesta sexta-feira, 2, para quem tiver 68 anos ou mais.