São Paulo, 15 – Transformar o Brasil no campeão mundial da segurança alimentar é o objetivo de um projeto amplo que está sendo elaborado por vários especialistas das diferentes áreas de políticas públicas sob a coordenação do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, disse o próprio ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, após evento na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo.

Rodrigues negou que esteja trabalhando na confecção de um programa agropecuário para qualquer candidato específico e explicou que o projeto será apresentado a todos os candidatos à Presidência da República. “Nós estamos elaborando um projeto muito grande com vários especialistas, para que transformemos o Brasil no campeão mundial da segurança alimentar”, disse.

De acordo com o ex-ministro, trata-se de um programa de Estado e não da agropecuária brasileira. “E esse projeto será apresentado a todos os candidatos. É um programa estratégico para o Brasil e não para o agro”, informou, acrescentando que um produtor rural precisa de outros setores da economia e da produção que fica nas cidades, como indústrias de fertilizante, montadoras de caminhões e tratores e os bancos, entre outros.

Segundo Rodrigues, o conceito por trás do projeto é a paz. E que não se alcança a paz se houver fome. “E ai é um processo que implica questões macros, como tributária, trabalhista, cambial e fiscal. “E ai vai implicar discussões sobre tecnologia, política industrial, sustentabilidade, política de renda”, ressaltou, emendando que são 15 temas que estão sendo tratados no projeto.

O ex-ministro ressaltou que espera estar com o trabalho pronto em meados de junho. O trabalho está sendo bancado pelas entidades de classe como Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), entre outras. Como o trabalho é muito grande, o ex-ministro salientou que será feito um resumo executivo com diagnósticos do cenário atual, metas e como chegar lá.

“Vamos discutir tudo isso com os responsáveis pelos planos de governo dos candidatos quando tivermos os candidatos. Vamos tentar obter deles uma boa vontade nessa área. Feito isso, vamos ter eventos da Abag e da CNA que levar aos candidatos as questões surgidas destas conversas”, concluiu.