Quatro dos oito setores do varejo restrito puxaram o aumento de 7,3% nas vendas do varejo em setembro ante setembro de 2019, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O segmento de Móveis e eletrodomésticos avançou 28,7% no volume de vendas em relação a setembro de 2019, quarto mês consecutivo de avanço, com o maior impacto positivo sobre o desempenho agregado do comércio varejista. O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico – inclui lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc. – registrou alta de 18,9% no volume de vendas em relação a setembro de 2019, a segunda maior contribuição positiva ao resultado geral.

Já o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve crescimento de 4,4% frente a setembro de 2019. Foi a oitava taxa positiva consecutiva nessa comparação, com ganho de ritmo em relação ao resultado de agosto (3,0%), informou o IBGE. Na comparação com agosto, porém, o segmento, que tem o maior peso na atividade varejista em geral, viu as vendas caírem 0,4%, principalmente por causa da pressão da inflação de alimentos.

O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 13,7% nas vendas frente a setembro de 2019. Foi a quarta variação positiva consecutiva, na comparação com igual mês do ano anterior.

Na contramão, o segmento de Tecidos, vestuário e calçados registrou recuo de 7,2% em relação a setembro de 2019, sétima taxa negativa nessa comparação. Segundo o IBGE, foi o maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo. O segmento de Combustíveis e lubrificantes teve queda de 5,1% no volume de vendas em relação a setembro de 2019. Nessa base de comparação, também registraram quedas os segmentos de Livros, jornais, revistas e papelaria (-36,0%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,1%).

No varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, o segmento de Veículos, motos, partes e peças recuou 1,5% em relação a setembro de 2019, a sétima taxa negativa seguida, exercendo a contribuição negativa mais intensa no mês para o varejo ampliado – ainda assim, o desempenho foi melhor do que o visto em agosto, quando a queda sobre agosto de 2019 foi de 10,4%.

Já o segmento de Material de Construção registrou um salto de 31,3% nas vendas em relação a setembro de 2019. Segundo o IBGE, é a quarta taxa positiva consecutiva e a variação de maior magnitude da série histórica da PMC, iniciada em janeiro de 2004.