A soja tem sido nas últimas safras o carro-chefe do crescimento na produção agrícola brasileira. Somente na safra 2013/2014, a colheita da oleaginosa avançou em 5,7%, alcançando 86,1 milhões de toneladas, ante a safra anterior. Tal desempenho renderá, ao término de 2014, R$ 92,3 bilhões. O que representa acréscimo de 6% de faturamento nessa safra, segundo projeções da Confederação da Agricultura e  Pecuária do Brasil (CNA). Com esse cenário promissor, as empresas do setor não param de investir. E a Amaggi não foge à regra. A companhia planeja injetar R$ 1,5 bilhão em seus negócios até 2020. “Com os investimentos, todas as estruturas serão ampliadas e modernizadas” diz Waldemir Loto, presidente executivo da Amaggi. “Isso impulsionará ainda mais a presença da Amaggi no mercado.”

Fundada em 1977, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Estado do Paraná, foi somente no Estado de Mato Grosso, distante 1,5 mil quilômetros dali, que a Amaggi, começou a expandir seus negócios, a partir dos anos 1980. Com visão empreendedora, o agricultor e fundador André Antonio Maggi adquiriu terras no Centro-Oeste, base da transformação da empresa em um dos grandes produtores mundiais de soja. Com essas aquisições e muito trabalho, o empresário fez da Amaggi, que centralizou o comando de suas operações, em Rondonópolis, uma das maiores companhias da América Latina no agronegócio. “Além de visionário, o Maggi foi um grande desbravador do Centro-Oeste brasileiro”, afirma o presidente executivo.

Em 2011, a empresa passou por algumas mudanças após amargar a perda de seu fundador. A viúva, Lúcia Maggi, passou a integrar o conselho de administração da companhia, sendo auxiliada por seus cinco filhos. Entre eles, o senador Blairo Maggi (PR-MT), que por duas vezes foi governador de Mato Grosso (2003 e 2007). “A governança sólida que temos se deve à importante participação da família Maggi no negócio”, afirma Loto. Naquele ano, o grupo transferiu a sede de sua matriz de Rondonópolis para a capital Cuiabá.

Com uma trajetória de contínuo crescimento e excelência em gestão financeira, a Amaggi levou o prêmio principal no setor Grãos de AS MELHORES DA DINHEIRO RURAL 2014. Formada por quatro grandes
áreas de negócio (commodities, agropecuária, navegação e energia), ela contempla quase todos os elos da cadeia produtiva. Hoje, além do plantio, processamento e comércio de grãos, a companhia
atua ainda na produção de sementes, reflorestamento, pecuária, venda de fertilizantes, geração de energia elétrica, administração portuária, transporte fluvial, exportação e importação. 

Sua estrutura conta ainda com armazéns espalhados por todo o País, com capacidade para 2,5 milhões de toneladas de grãos. Além disso, a Amaggi opera três unidades de esmagamento de
soja, situadas em Lucas do Rio Verde (MT), Itacoatiara (AM) e Fredrikstad, na Noruega. Somadas, as três unidades processam cerca de dois milhões de toneladas de grãos por ano. 

Somente em 2013, a Amaggi comercializou nove milhões de toneladas de grãos, entre produção própria e de terceiros, no Brasil e no exterior. As exportações corresponderam a R$ 4,2 bilhões do faturamento
total de R$ 8,8 bilhões. Isso lhe garantiu, no ano passado, a 18ª posição entre as maiores exportadoras brasileiras, segundo o ranking do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. 

Com a presença cada vez mais forte no exterior, a diretoria da empresa decidiu, neste ano, promover uma mudança em sua logomarca. Assim, a companhia deixou de se chamar “Grupo André
Maggi” e adotou apenas Amaggi.“Com a internacionalização dos negócios, o nome Amaggi é de mais fácil assimilação ao público estrangeiro”, diz João Zamboni, diretor de assuntos corporativos
da empresa. 

Ainda segundo Zamboni, a mudança já vinha sendo estudada nos últimos anos e foi concretizada, em linha com o conselho de administração da companhia, e com a família Maggi. “Usando
apenas o nome Amaggi, conseguimos simplificar e alinhar todos os negócios”, diz. “A mudança acontecerá gradativamente nas unidades, de acordo com a necessidade e urgência”.