São Paulo, 26 – A Raízen já vendeu a produção de etanol de segunda geração de plantas futuras para os próximos sete a nove anos, afirmou o CEO da companhia, Ricardo Mussa. “Obtivemos prêmios fantásticos (em relação ao biocombustível de primeira geração), principalmente para mercados europeu e americano”, disse ele nesta segunda-feira (25), durante a 21ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol. “Conseguimos vender produção de plantas futuras para os próximos sete a nove anos. O mercado é muito demandado e é um produto que somente nós temos.”

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Dois mercados que pedem o produto são o dos Estados Unidos e o europeu, disse Mussa. “Os EUA dão valor à tecnologia, e o etanol 2G é classificado como avançado, então ele tem um prêmio na casa dos 70%. É o que paga o equivalente deles ao Crédito de Descarbonização (CBIO).” Já na Europa, “o foco é mais na procedência – se vem do resíduo ou da planta -, porque o europeu se preocupa com a competição entre alimentos de biocombustível. Então ele quer um produto que vem de resíduo, como o etanol de segunda geração.”

O executivo afirmou que a Raízen está bem posicionada para produzir etanol 2G porque tem um grande volume da biomassa disponível, investiu em tecnologia proprietária, e porque o custo de uma planta de etanol de segunda geração integrada a uma usina já existente é muito mais baixo. “São três pontos importantíssimos. É difícil encontrar outros players no mundo que façam o que fazemos hoje.” Antes da Raízen, disse Mussa, já haviam feito esse tipo de etanol em laboratório, “mas nunca em larga escala, escala industrial”.