Algumas universidades dos Estados Unidos estão montando estratégias para manter a saúde dos seus animais que participam de pesquisas. Em meio à pandemia do coronavírus, essas áreas reduziram o número de funcionários e exigem uso de proteção para quem continuar nos laboratórios. Principalmente para não contaminar os ratos e macacos.

Segundo o diretor associado de pesquisa de recursos animais da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, Eric Hutchinson, explicou à revista Science, é necessário muito cuidado. Isso porque os macacos são muito suscetíveis a várias doenças do ser humano. E o mesmo acontece para a população.

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Ele cita a possibilidade de contaminação de um humano com herpes B de um animal, por exemplo. Os ratos também são espécies que tem o risco de contrair vírus.

Por isso, as medidas nos laboratórios da instituição de ensino estão claras. Todos os funcionários usam máscaras e luvas. E as gaiolas dos camundongos são microventiladas e manuseadas em gabinetes de biosegurança que filtram o vírus do ar.

Hutchinson destaca que ainda não há falta de funcionários pela Covid-19. Mas explicou que caso ocorra um encolhimento na equipe, será necessário criar um regime de trabalho apenas para a alimentação e hidratação dos animais.

Ele explica que todos que suas cobaias podem ficar sem limpeza de gaiolas por até 14 dias, sem que as diretrizesde bem-estar sejam violadas.

Na Universidade de Yale, Peter Smith, diretor associado do Centro de Recursos Animais da instituição, a equipe de cuidados com os animais continua trabalhando. Segundo o acadêmico explicou à Science, esses trabalhadores são considerados essenciais. Os demais, como das áreas administrativas e contábil, foram liberados para ficarem em casa.

Smith explicou que a prioridade na universidade é garantir o bem-estar dos animais. Porém, caso a equipe seja reduzida, por funcionários se afastarem para ficar de quarentena, por exemplo, ainda haverá tratamento.

Neste caso, além da alimentação e hidratação, alguns cuidados veterinários para evitar dores, angústias severas e até a morte.