Colhedora A8000

Cultura: cana-de-açúcar

Novidade: maior produtividade

Preço: cerca de R$ 850 mil

O mês passado foi salpicado de boas notícias para o produtor rural. Duas grandes feiras, a Expointer e a Fenasucro, marcaram o calendário agrícola e apresentaram máquinas ao agricultor que podem ajudá-lo a alavancar os resultados porteira adentro. Em Ribeirão Preto, a Case aproveitou a retomada do setor sucroalcooleiro, marcada pelo início da colheita em abril, para lançar duas novas colhedoras de cana-de-açúcar: a A8000 e a A4000, que está sendo chamada de Júnior por ter um tamanho reduzido. Fruto de um trabalho de pesquisa e desenvolvimento de três anos e de um investimento de US$ 15 milhões, as novas colhedoras são as armas da Case para alavancar a participação de mercado no segmento, que no ano passado foi de 52%.

Voltada para os grandes produtores, a colhedora A8000 se diferencia por ter uma maior produtividade, aliada a um menor consumo de combustível. Por tonelada de cana colhida, o consumo é de cerca de 0,63 litro de combustível. Ela vem com um picador mais veloz que permite cortes menores dos toletes de cana, o que aumenta a densidade de carga e reduz o custo operacional. “Por isso trabalha em condições extremas, áreas novas com uma produtividade de 160 toneladas por hectare”, explica Daniel Campos, especialista em marketing de produto da Case. A nova colhedora conta com um novo sistema de arrefecimento, ideal para regiões quentes como Goiás, Mato Grosso, que reduz o contato com impurezas, diminuindo a necessidade de paradas para limpeza. Já a A4000 é uma opção para o pequeno produtor, geralmen te fornecedor das usinas, que não planta com o espaçamento de 1 metro e 1,1 metro. É uma máquina de porte menor e custa R$ 510 mil, 60% do preço da A8000. “A A4000 não veio competir com a série 8000, mas complementá-la”, diz Campos. A produtividade é de 20 toneladas por hora e o consumo de combustível de 0,84 litro por tonelada.

Do Rio Grande do Sul, as novidades agradaram principalmente o setor do arroz. A fabricante Massey Ferguson aproveitou a Expointer para lançar a colheitadeira MF 5650 SR, um modelo desenvolvido para a cultura de arroz irrigado e que alia produtividade com redução de perdas. Testes de campo feitos por produtores verificaram que a máquina, que custa cerca de R$ 340 mil, colhe entre 180 a 200 sacas por hora. “Hoje temos 28% de participação no mercado arrozeiro, mas nosso objetivo com a nova colheitadeira é aumentar para 35% nos próximos dois anos”, diz Roberto Ruppenthal, gerente de marketing do produto da empresa.

A concorrente John Deere também aproveitou a feira para apresentar a nova versão arrozeira da colheitadeira 9570 STS, modelo que está sendo vendido por cerca de R$ 630 mil. A máquina tem por diferencial a tecnologia STS de trilha e separação longitudinal, que permite ao produtor do cereal um rendimento elevado e uma maior qualidade dos grãos. Já a Valtra aproveitou a ocasião para mostrar a sua nova série de tratores para pequenos e médios produtores. Os três novos modelos são o A750 (78 cavalos), A850 (85 cavalos) e A950 (95 cavalos). “O projeto reúne o que o agricultor brasileiro nos pedia: um trator robusto, econômico, confortável e produtivo”, diz Jak Torreta Júnior, diretor de marketing da Valtra. Com a nova série, a fabricante quer aumentar sua fatia do mercado de tratores de 50 a 78 cavalos, que é o segmento que mais tem crescido em função do programa Mais Alimentos.