Pelo menos 400 mil frangos serão sacrificados no Reino Unido, já que as infecções por covid-19 interrompem as rotinas dos matadouros. Cerca de 300 mil aves serão abatidas na Inglaterra e 110 mil foram abatidas na Escócia.

De acordo com reportagem do The Guardian, as galinhas que não podem ser abatidas para alimentação são geralmente sufocadas com CO2 e seus corpos transformados em gordura e outros subprodutos animais.

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O Reino Unido cria e abate cerca de 20 milhões de aves por semana, de acordo com o British Poultry Council (BPC). Cerca de 95% são frangos e a maioria é processada em alguns matadouros, cada um com capacidade para cerca de 2 milhões de aves por semana.

A perda de produção pode ter impactos significativos ao longo da cadeia alimentar e criar problemas de bem-estar, disse o BPC. Esse movimento também foi registrado nos Estados Unidos, após o fechamento das fábricas de carne por causa de surtos de coronavírus entre as equipes.

Para Peter Stevenson, conselheiro político da organização de bem-estar social do Reino Unido Compassion in World Farming, os abates destacam uma falha no sistema alimentar da região. Ele pontuou que as aves são criadas para crescer tão rapidamente que, se passarem do peso de abate, terão sérios problemas de saúde.

O presidente-executivo do BPC, Richard Griffiths, disse em um comunicado que essa perda não só interrompe o fornecimento nacional de alimentos, mas cria escassez, além de prejudicar o mercado de trabalho.