O relator da Medida Provisória da Eletrobras no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO), descartou a possibilidade de resgatar o texto original do Executivo apresentado ainda em fevereiro. Segundo ele, o parecer que será apresentado na sessão plenária desta quarta-feira, 16, irá manter os pontos principais enviados pelo governo, mas com contribuições da Câmara e do Senado. Apesar de a votação da matéria estar prevista para esta quarta, não há consenso entre os líderes da Casa para garantir sua aprovação.

“O relatório que vou apresentar não é fruto de uma decisão pessoal, é fruto de uma construção de entendimento, que leva em consideração a contribuição dos senadores, mas que leva em consideração também o trabalho da Câmara dos Deputados. Não cabe aqui uma visão unilateral, seja da Câmara, seja do Senado”, disse ele em entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira.

Marcos Rogério afirmou que o esforço é para apresentar um texto de “convergência”. Segundo ele, associações, senadores, agência reguladora e ministérios foram consultados para que o parecer fosse fruto de um entendimento. “O relatório que apresentarei na sessão de hoje congrega os anseios, os apelos, as contribuições de um conjunto de senadores e senadores. Então, espero com este relatório ter a possibilidade de aprovar essa medida provisória que representa devolver à Eletrobras o protagonismo que ela sempre teve, com capacidade real de investimento”, afirmou.

O senador afirmou ainda que, ao mesmo tempo, a tentativa é apresentar um texto que assegure modicidade tarifária aos consumidores. “Nosso relatório é muito consistente e tem foco nesses dois objetivos: garantir protagonismo da Eletrobras com capacidade real de investimento e garantir ao consumidor uma energia mais barata”, disse.