Pesquisadores do Instituto Flamengo de Agricultura, Pesca e Alimentação, da Bélgica, querem melhorar o arroto das vacas. Parece estranho, mas os gases que os animais soltam são cheios de metano, um dos causadores do efeito estufa na Terra. A chave para esse problema é incluir um resíduo da produção de cerveja na alimentação do gado. E, assim, reduzir o potencial de uma das substâncias que causam o aquecimento global.

A ideia não é acrescentar a cerveja, como nós conhecemos, junto à ração dos animais. Um estudo revela que a alimentação de gado que inclui grãos gastos, subproduto do processo de fabricação da bebida, pode reduzir esses níveis de metano em até 13%, segundo o site Food&Wine.

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Após anos de pesquisa, segundo o estudo, foi determinado que esses grãos gastos, contendo principalmente as sobras de palha e proteínas da cevada, eram essenciais. Eles faziam com que os gases da digestão dos animais tivessem entre 11% e 13% a menos de metano.

Mas a mágica só ocorre quando a alimentação do gado recebe farelo de colza, que por si só é um subproduto da produção de óleo de colza. Os pesquisadores afirmam que só conseguem a redução com a inserção do farelo de colza. Mas garantem que ainda não conseguem explicar o motivo para isso.

O estudo aponta ainda que a inserção da mistura na ração animal evita o uso extra de soja. Desta maneira, o impacto ambiental de cada litro de leite das vacas belgas que comem resto de cerveja gera 31% a menos de impacto ambiental.