Apesar de dinâmicas inflacionárias mais “benignas” do que em choques anteriores, as economias emergentes enfrentam riscos mais elevados do que as desenvolvidas, na avaliação do Instituto Internacional de Finanças (IIF).

Em relatório, a instituição destaca que o repasse da escalada das cotações das commodities aos preços em geral tem sido “pronunciado” nos países em desenvolvimento. Segundo a análise, a valorização desses produtos pode impulsionar o crescimento econômico e favorecer as contas externas.

“No entanto, os preços das commodities também são um importante impulsionador da dinâmica da inflação, uma vez respondem por uma grande parcela da importação de mercadorias”, pondera o Instituto.

O IIF acredita que um dos principais riscos, no momento, é “assimetria” na resposta política entre emergentes à crise. “Por enquanto, a maioria dos desenvolvidos continuou e, em alguns casos, expandiu os estímulos de emergência, enquanto emergentes foram forçados a reduzi-los”, destaca.

O Instituto também se diz “preocupado” que os governos possam ficar tentados a retomar medidas pouco eficazes como controle de preços. “Essas políticas provavelmente não terão um impacto significativo sobre os consumidores de baixa renda, mas terão repercussões perigosas ao contaminar a mensagem sobre a inflação e complicar a tomada de decisão de política monetária e o mecanismo de transmissão”, alerta.