São Paulo, 28 – O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a safra brasileira de café 2020/21 (julho a junho) a qual está estimada em recorde de 67,9 milhões de sacas de 60 kg, um aumento de 15%, ou 8,6 milhões de sacas a mais, em comparação com a produção da safra anterior (59,3 milhões de sacas). Os cafeicultores estão iniciando os trabalhos de colheita.

“O recorde deve-se principalmente às boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras e ao café arábica, que tem ciclo bienal positivo”, diz o USDA.

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A safra de arábica está projetada em 47,8 milhões de sacas (aumento de 17% ante 2019/20). Já a produção de conilon (robusta) deve atingir 20,1 milhões de sacas (aumento de 1,8 milhão de sacas sobre o período anterior).

As exportações brasileiras de café para o ano 2020/21 são projetadas em 41 milhões de sacas, sustentadas pelos altos níveis de produção e pela constante competitividade do produto nacional, como resultado da significativa desvalorização do real.

“Vários Estados produtores de café adotaram medidas para orientar os agricultores sobre como impedir a propagação do Covid-19 durante a colheita”, destaca o departamento.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em sua primeira projeção para a safra 2020/21, de janeiro, estima a produção nacional entre 57,2 milhões e 62,02 milhões de sacas beneficiadas, aumento entre
15,9% e 25,8% em relação à temporada anterior. O segundo levantamento da Conab será apresentado em 18 de junho.