São Paulo, 11 – A safra brasileira de café em 2020 deve alcançar 57 milhões de sacas de 60 kg, ou 3,4 milhões de toneladas. O resultado representa aumento de 14,2% em comparação com 2019. Os números fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agropecuária (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na terça-feira, 10. Em relação ao mês anterior, a estimativa da produção do IBGE foi 1,0% maior.

Para o café arábica, a produção estimada é de 42,3 milhões de sacas, ou 2,5 milhões de toneladas, não havendo variação em relação ao mês anterior. “Em relação ao ano anterior, o crescimento é de 22,3%, por causa da bienalidade positiva da safra, característica fisiológica da espécie que alterna ano de elevada produção com ano de baixa produção”, explica o IBGE.

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Já para o café robusta, a estimativa da produção, 14,8 milhões de saca, ou 885,3 mil toneladas, apresenta declínio de 4,1% em relação ao ano anterior. As estimativas de produção são menores no Espírito Santo (-6,2%), Minas Gerais (-5,9%) e Bahia (-1,4%), e maior em Rondônia (4,1%).

Em Minas Gerais, principal Estado produtor brasileiro, devendo responder por 73,9% da produção em 2020, a estimativa da produção apresenta crescimento de 26,4%, devendo o rendimento médio aumentar 20,2% em relação ao ano anterior. A produção foi projetada em 31,2 milhões de sacas, ou 1,9 milhão de toneladas.

No Espírito Santo, a estimativa da produção é de 3,4 milhões de sacas, ou 202,0 mil toneladas.

Em São Paulo, segundo maior produtor do arábica, a produção deve crescer 6,6% em relação ao ano anterior – uma safra de 4,7 milhões de sacas (282,5 mil toneladas). O rendimento médio deve crescer 4,8%.