A degradação da estrutura do solo é uma das principais dificuldades das lavouras de grãos. Esse problema impede as raízes das plantas de acessar os nutrientes, mesmo diante de correções e adubos. Processos de aumento de irrigação e diversificação de culturas se mostraram eficientes nessa recuperação, de acordo com pesquisa da Embrapa Região Sul.

Durante três anos (safras 2017/18, 2018/19 e 2019/20), foram acompanhados polos de produção de 100 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Entre os resultados mais expressivos está o aumento da produtividade da soja sob forte estresse hídrico, que foi de 3.458 kg por hectare, três vezes maior que a média das lavouras no entorno.

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Outro fator foi o rendimento do trigo sob forte estresse hídrico, com alta de entre 36% e 45% de rendimento. A taxa de infiltração de água no solo também aumentou, a 92 mm/h, na área em que foram combinadas práticas mecânicas e de diversificação de culturas, enquanto em área sem estas práticas, a taxa de infiltração foi de 13 mm/h.

Entre os processos de descompactação de solo está o mecânico, que é fundamentado na escarificação. O método rompe a camada compactada por meio de equipamentos motomecanizados que operam em profundidade ligeiramente maior do que o limite inferior da camada compactada.

Já o processo vegetativo de descompactação do solo está associado ao desenvolvimento de raízes de plantas. Para o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, o melhor resultado é mesclar as duas modalidades.