São Paulo, 14 – O plantio de soja da safra 2018/19 chegou a 98% da área prevista para a temporada, de 35,9 milhões de hectares, na última quinta-feira (13). O número representa avanço de 2 pontos porcentuais ante a semana anterior. Os Estados que ainda estão com plantadeiras em campo são o Rio Grande do Sul, Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará, segundo nota da AgRural. Um ano atrás, a semeadura da soja da safra 2017/18 ainda estava em curso, mas a consultoria já havia encerrado os levantamentos da temporada.

A AgRural voltou a alertar sobre a falta de chuvas no Paraná e em Mato Grosso do Sul, já verificada na semana passada, mas com um agravante nesta: as temperaturas subiram acima do esperado. “Ainda não se pode falar em quebra de safra, mas já há perda de potencial e as produtividades devem ficar abaixo da expectativa inicial dos produtores. As regiões que correm maior risco são o oeste do Paraná e o sul de Mato Grosso do Sul”, disse.

Mapas climáticos preveem volumes de chuva para os dois Estados, na segunda quinzena de dezembro, acima dos projetados até então. Contudo, se as precipitações não se confirmarem, a produtividade será “mais severamente afetada”, destaca a consultoria. As temperaturas tendem a continuar altas, especialmente em Mato Grosso do Sul.

Produtores do Rio Grande do Sul, que também enfrentam clima quente e seco em dezembro, sofrem menos o impacto destes eventos climáticos do que os do Paraná e de Mato Grosso do Sul, em razão do plantio mais tardio e de a maior parte de safra gaúcha estar em desenvolvimento vegetativo.

No resto do Brasil, a combinação de precipitações e aberturas de sol continua favorecendo o desenvolvimento das lavouras, segundo a AgRural. Apesar da redução dos volumes de chuva, os solos ainda contam com boas reservas de umidade. Em Mato Grosso, as primeiras áreas do médio-norte e do oeste do Estado devem começar a ser dessecadas nos próximos dias, com a colheita começando na semana que vem.

Quanto à produção, a AgRural manteve sua estimativa de produção de soja na safra 2018/19 em 121,4 milhões de toneladas, apesar das adversidades climáticas em áreas do Paraná e de Mato Grosso do Sul na primeira quinzena de dezembro. O número será revisado em meados de janeiro, informou a consultoria.