São Paulo, 27/06 – O poder de compra do suinocultor aumentou em junho, favorecido pela demanda aquecida e os preços mais baixos dos principais insumos (milho e farelo de soja) utilizados na atividade, diz o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em relatório, pesquisadores do instituto destacam que o consumo também deu sustentação às cotações do animal vivo. No acumulado do mês, até ontem (26), o preço médio do suíno vivo atingiu R$ 3,53/kg na média de São Paulo, alta de 15,9% ante maio, mas queda de 4,4% na comparação com igual período de 2017. No oeste catarinense, o preço médio de junho é de R$ 3,05/kg, aumento de 10,4% em relação ao mês anterior, mas baixa de 8% frente a junho de 2017.

Quanto aos insumos, na média parcial de junho a saca de 60 quilos do milho negociada no interior de São Paulo ficou em R$ 40,44, baixa de 3,8% ante maio. O farelo de soja, por sua vez, ficou praticamente estável, com variação positiva de 0,2% de maio para junho, negociado, em média, a R$ 1.399,79 a tonelada neste mês. Segundo o Cepea, o recuo nas cotações do cereal estão atrelados à retração nos compradores, que aguardam a entrada efetiva da safrinha. “Diante disso, com a venda de um quilo de suíno vivo, o produtor paulista consegue adquirir 5,27 quilos de milho em junho, 21% a mais que em maio. O suinocultor catarinense consegue comprar 4,46 quilos de milho com a venda de um quilo do animal, alta de 9,2% no poder de compra frente ao mês anterior”, diz o Cepea.

No caso do farelo, o suinocultor paulista adquire 2,52 quilos do insumo com a venda de um quilo do animal vivo, 15,7% a mais que em maio. Para o produtor catarinense, a relação foi de 2,1 quilos de farelo com a venda de um quilo do suíno vivo, 7,8% acima do observado no mês passado. A equipe do Cepea ressalta que o conflito comercial entre China e Estados Unidos e as indefinições na tabela de fretes limitam o avanços dos preços domésticos do farelo.