A Telefônica Brasil (dona da Vivo) quer ir além da oferta de infraestrutura e da prestação de serviços tradicionais de dados, telefonia e TV por assinatura, e se consolidar como um hub de distribuição de soluções digitais variadas, afirmou o presidente do grupo, Christian Gebara.

Embora as operadoras invistam bilhões de reais anualmente no setor, o executivo considera que não há barreiras a entrada na área, haja visto o surgimento de milhares de aplicativos para comunicações e entretenimento, dentre outros que funcionam a partir da rede de dados instalado pelas teles.

Da sua parte, a Telefônica planeja aproveitar sua base de milhões de clientes para oferecer mais serviços de parceiros, especialmente no ramo financeiro – onde lançou recentemente o serviço de crédito pessoal batizado de Vivo Money.

Outro passo no radar é o lançamento de uma carteira financeira digital da marca Vivo. “Temos dezenas de milhões de clientes pré-pagos. Se eles colocam dinheiro em um app nosso e compram dados, por que não comprar serviços de outras empresas?”, citou.

“Já temos milhões de clientes e uma marca de credibilidade, com carteira que pode englobar outros serviços financeiros. Parece um movimento natural pela nossa incursão no mundo de fintechs. Estamos apostando em um ecossistema de serviços”.

Questionado se também considera uma parceira nos moldes da TIM com o C6 – em que há participação acionária da tele na fintech -, Gebara afirmou que o foco está na constituição de uma gama ampla de serviços. Por outro lado, não descartou seguir os mesmos passos da concorrente. “Estudamos todas as opções, não descartamos nenhuma delas. Temos várias conversas, ainda não podemos revelar”, afirmou, sem revelar mais detalhes.